O descontentamento começou em novembro de 2012, quando o presidente do Egito, Mohammed Mursi, promulgou um decreto pelo qual estendia mais poderes para si mesmo. Desde então, houve uma cisão política no país. De um lado, Mursi e a Irmandade Muçulmana; de outro, movimentos revolucionários e liberais.
Essa divisão política foi propiciada por uma constituição polêmica, escrita por um painel dominado por islamitas.
O fato foi agravado pelo que a oposição chamou de decisão unilateral adotada pelo governo. Alguns alegaram que muitos dos membros da Constituinte egípcia foram indicados pela Irmandade Muçulmana com base em critérios que privilegiaram a lealdade à competência.
Apesar de admitir que cometeu alguns erros, Mursi insinuou que os protestos foram motivados por ex-membros do antigo regime e seus associados. Ele também culpa a oposição por não responder a seus pedidos para a construção de um diálogo nacional.
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