quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cidades Medievais



Perceber o cotidiano das cidades é uma forma de comparar o nosso de estilo de vida urbano com o de outros povos e civilizações. No caso da Idade Média, presenciamos a formação do modelo de cidade que conhecemos hoje. Assim, vamos conhecer 10 curiosidades sobre as cidades medievais.

Para conhecer um pouco mais sobre o contexto em que as cidades começaram a se desenvolver na Idade Média, leia o resumo sobre a Crise do Feudalismo.



                                    Comércio em praça medieval, séculos XII e XIII

- As cidades medievais eram superlotadas, barulhentas, escuras e tinham cheiro de estábulo. Só as ruas mais largas eram pavimentadas, as outras eram sujas, com esterco e lama. Na maioria, eram apenas vielas estreitas onde não se podia passar com duas mulas sem derrubar os quiosques dos vendeiros. 

- De dia, as ruas ficavam apinhadas de gente: ferreiros, sapateiros, vendedores de tecido, açougueiros, dentistas… Bastava o comerciante abrir as venezianas de sua casa para transformá-la numa banca de mercadoria. Ficavam também cheias de animais: cães, mulas, porcos, cavalos, galinhas… 

- Na média, as cidades medievais típicas tinham entre 250 a 500 habitantes. À noite, eram silenciosas e muito escuras: não havia iluminação pública. Era comum toque de recolher decretado pelas municipalidades, como prevenção contra assaltos e assassinatos. 

- Nas cidades ocorriam castrações, enforcamentos e amputações, e a população aglomerava para assistir aos espetáculos de castigo. Muitas vezes os criminosos eram arrastados pelas ruas numa carroça e torturados antes da execução pública, sob o burburinho e os gritos das multidões. 

- Eram frequentes, também, os incêndios. As casa, de três ou quatro andares, eram construídas de materiais inflamáveis: paredes de madeira e galhos e tetos de palha ou junco, que ardiam em poucos minutos. Se por um lado os incêndios geravam prejuízos, por outro era benéfico, pois amenizava as condições de sujeira. 

- Apesar de existirem hábitos de higiene pessoal, como o costume de frequentar os banhos públicos, preservados desde a época de Roma, só os ricos tinham as suas próprias latrinas e fossas. 

- A maioria da população jogava seus excrementos em esgotos ou em pilhas de detritos a céu aberto, tornando as vielas imundas, o mau cheiro insuportável e as águas de abastecimento da cidade poluídas. 

- A canalização da água não era recomendada pelas oficialidades, que temiam a desvantagem de tornar as cidades vulneráveis a sabotagens de exércitos inimigos. Só em 1236, Londres começou a trazer água para a cidade em aquedutos. 

- Uma das soluções adotadas para reduzir a sujeira das cidades foi a pavimentação das ruas. Paris, em 1185, foi a primeira cidade a ter suas ruas calçadas com pedras. 


- Mais ainda do que os excrementos humanos e a água suja, a maior maldição das cidades medievais era a pulga, o parasita do rato negro. 

As epidemias eram freqüentes e, de 1348 a 1349, as pulgas espalharam a peste bubônica, conhecida como a peste negra, provocando milhões de mortes.

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