Cientistas acham no Ártico músculo e sangue de mamute conservados
Amostras recolhidas dão esperança para ressuscitar animal extinto.
Mamutes teriam desaparecido do planeta há cerca de 11 mil anos.
Cientistas russos afirmaram que foi possível retirar sangue e pedaços de músculo de uma carcaça bem preservada de mamute, encontrada em uma expedição feita a uma ilha remota do Ártico.
De acordo com os pesquisadores da Universidade Federal do Nordeste da Rússia, o achado dá nova esperança aos trabalhos de ressuscitar esta espécie extinta da natureza. Semyon Grigoryev, chefe da expedição, afirma que o animal encontrado é uma fêmea que morreu com 60 anos de idade há cerca de 15 mil anos. Foi a primeira vez em que foi possível encontrar sangue e músculos bem preservado em uma carcaça.
“Quando nós quebramos o gelo que estava abaixo de seu estômago, o sangue fluiu para fora e era muito escuro”, disse Grigoryev. “Esse é o caso mais surpreendente da minha vida. Como foi possível ele [o sangue] permanecer na forma líquida por tanto tempo? E o tecido muscular, da cor vermelha, sinal de carne fresca?”, explica.
A carcaça ficou bem preservada pois caiu em uma poça de água que, mais tarde, congelou. A parte superior do corpo, incluindo a parte de trás da cabeça, foi comida por predadores.
Os mamutes apareceram na África há três ou quatro milhões de anos, dois milhões de anos atrás emigraram para Europa e Ásia e chegaram à América do Norte há 500 mil anos, passando pelo Estreito de Bering.
Para a ciência continua sendo uma incógnita a causa de seu desaparecimento, que começou há 11 mil anos, quando a população destes animais começou a diminuir até a total extinção dos últimos exemplares siberianos há 3,6 mil anos.
A maioria dos especialistas estima que os mamutes foram extintos devido a uma brusca mudança das temperaturas na Terra, embora há também quem atribua seu desaparecimento ao ataque de caçadores ou a uma grande epidemia.
G1
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